Mundo Higeia

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Jejum – por Lezaeta

Dentro de uma visão Higienista, toda a doença aguda, e grande parte das doenças crónicas são simplesmente crises de toxémia, ou seja reacções inflamatórias produzidas pelo corpo de forma a expulsar “lixo” interno.  
Seguindo este raciocínio, a melhor coisa que temos a fazer, quando doentes, é ajudar o corpo nesta “limpeza”.
Chegou-se à conclusão desde de tempos imemoriais, que o jejum é uma ajuda poderosa.
É uma cura natural, onde não se usa nada.
Todos os Higienistas fizeram uso dele.

O texto que se segue, é uma transcrição do livro de Lezaeta, sobre o jejum:
 “Com este nome é conhecido o ato de abster-se de comer alimentos num prazo determinado, as bebidas não cortam o jejum.
Como agente de Saúde, o jejum actua deixando o organismo descansar do trabalho digestivo diário, para que as energias que deveriam ser gastas na elaboração de alimentos actuem nas funções de eliminação e purificação orgânica.
Sendo a Vida o resultado do duplo processo de nutrição e eliminação, simplificando o primeiro, activar-se-á o segundo.
Por esta razão, o jejum constitui nos adultos o purificador mais eficaz e simples, impondo-se a sua prática nas doenças agudas e crónicas.
Nas crianças, o jejum deve ser regulado pelo seu intestino. Quando a criança não quer comer deve-se esperar até que peça alimento e, em nenhum caso obriga-la com ameaças, a ingerir comida. Nestes casos de falta de apetite está indicada a fruta crua como alimento e medicamento, porque há incapacidade digestiva por febre gastrointestinal.
O jejum é o regime de saúde que os irracionais praticam, guiados pelo seu instinto. É a cura do cão quando sente febre.
Quando um animal está doente ou ferido abstêm-se de todo o alimento até que volte a fome, indício de normalidade orgânica.
A “debilidade”, é atribuída erradamente à falta de alimentos e procura-se combate-la com super-alimentação à base de substancias concentradas.
O resultado deste falso conceito, é que o doente de debilidade tem de comer copiosamente o dia inteiro, pois logo que sente o estômago vazio, é vítima novamente da “debilidade” que o consome.
A explicação deste fenómeno que chega a confundir os próprios médicos é simples. A “debilidade” é a depressão de energia vital por desnutrição e intoxicação. A desnutrição não é por falta de alimentos, mas sim por mau aproveitamento dos mesmos, devido a putrefacções intestinais que produzem no corpo substancias desvitalizadas ou corrompidas. As substâncias cadavéricas que vão a caminho da desintegração orgânica, no intestino mais ou menos febril de todo o doente, entram em rápida decomposição e putrefacção, passando ao sangue como matérias tóxicas que, longe de ajudarem a manter a vida das células, deprimem a vitalidade destas e do organismo em geral.
Como as putrefacções intestinais elevam a temperatura interna, as carnes, seu suco ou caldo, ovos, e leite chegam ao estômago e intestinos febris como lenha ao fogo e, entrando em rápida decomposição, estas substâncias aumentam a temperatura anormal do intestino, preparando novos transtornos.
Encerrado neste círculo vicioso, o doente consome a sua vida e, fanatizado com o erro, não quer abrir os olhos para observar como o animal doente se normaliza, abstendo-se de todo o alimento.
Conheço o caso de um homem jovem e gordo que, para curar a sua impotência sexual, seguiu durante longo tempo, sem resultado, um regime “fortificante”, de super-alimentação, acompanhado de tónicos sob forma de drogas e injecções. Este doente normalizou-se em pouco tempo com jejuns repetidos e regime crudivoro, em combinação com banhos frios de ar e água e a minha lavagem do Sangue feita diariamente.
A impotência sexual tem por causa a desvitalização do organismo por desnutrição e intoxicação crónica. Com o regime de super-alimentação, vitaminas e tónicos químico-farmaceuticos, o corpo sobrecarrega-se cada vez mais de impurezas que deprimem a sua energia vital. Com regime purificador de jejum, frutas, sol, exercícios e eliminações, o organismo recupera as suas energias como um motor que, por sujidade, perdeu a força, recobrando esta logo que é objecto de limpeza geral.
O jejum pode ser feito durante um ou vários dias seguidos, ou periódico, um dia por semana ou de quinze em quinze dias ou de mês a mês.
Pode ser absoluto, sem se comer nada sólido, bebendo-se apenas água ou sumo de frutas; e pode ser relativo, comendo-se apenas frutas ou saladas cruas.
O jejum só com agua ou sumos de e frutas convém aos adultos cada vez que se nota que o organismo funciona anormalmente, podendo prolongar-se até que volte a fome.
O jejum com frutas deve ser seguido pelas crianças em caso de falta de apetite e durante o curso de qualquer doença.
Como o jejum não significa paralisar a nutrição do corpo, mas deixar disponíveis as energias que o processo digestivo consumia para activar as eliminações, convém combinar o jejum com respirações profundas, banhos de ar, de luz e de sol. Desta forma o organismo incorpora sem trabalho nem desgaste, pelos pulmões e pele, o subtil alimento da atmosfera e do sol, substituindo com vantagem a nutrição intestinal.
Quando temos de empreender uma tarefa pesada ou trabalho intelectual activo, o jejum absoluto ou relativo é o melhor estimulante, porque as forças de que dispomos se concentrarão na obra a realizar.
Com duas ou três laranjas por dia e outros tantos cachos de uvas, um adulto é capaz de qualquer trabalho, aumentando com isso a sua potencia intelectual.
Com razão, pois as religiões impõem o jejum para empreender um exercício espiritual ou preparar-se para receber um sacramento.
As grandes produções do cérebro nunca foram resultado de laboriosas digestões.
Tecnicamente, o jejum normaliza e purifica o sangue, activando as eliminações gerais e favorecendo a destruição de matérias mórbidas.
Durante o jejum todas as células estão fazendo trabalho de eliminação e, quando ficam livres de obstruções de matérias estranhas, a Saúde volta.
O jejum elimina do corpo tudo quanto lhe é prejudicial, aliviando a congestão de qualquer órgão e dirigindo todas as forças do organismo no sentido de eliminação."

imagem retirada da net
Para ilustrar, escolhi uma foto de Gandhi, um homem que usou o jejum para muitos benefícios.

3 comentários:

  1. Olá Higeia!

    Eu acho que nunca valorizei o conteúdo do seu blog como deveria.
    Sempre o achei interessante, mas nunca passou daí.
    De repente leio textos que falam do jejum em livros dos mais diversos, e no blog também.
    Logo numa altura que o meu corpo de repente está a sofrer muitas alterações.
    Há alguns meses tive Zona, felizmente não foi muito grave.
    No fim do Verão passado de um momento para o outro fiquei com alergia ao sol, tem sido muito desagradável, pois mesmo com um protector solar f.50 nas partes do corpo expostas ficam cheias de urticaria, e estou a falar quando apanho sol quando vou na rua.
    entretanto tive uma crise de apêndice e fui operada.
    Será que tem a ver com a menopausa que entretanto se iniciou?
    Não querendo abusar se for possível a Higeia postar sobre isso agradeço.
    tenho pena de não a conhecer pessoalmente pois teria muito a aprender consigo.

    Bjs

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  2. Oh Helena! Que simpática.
    Durante a vida vamos nos desequilibrando, e o nosso corpo vai nos dando “pistas” do que está menos bem. É muito importante aprender a ouvir o corpo.
    Com a chegada da menopausa, há uma alteração hormonal, que normalmente mexe com alguns aspectos físicos, podendo surgir ou não problemas de saúde.
    Insista numa alimentação mais natural, com mais frutas e legumes, beba diariamente suco de maçã com folhas verdes, se as folhas forem de couve-galega, melhor pois esta é riquíssima em cálcio, necessário nesta altura.
    Quanto à urticária solar, pode comprar numa farmácia que venda homeopatia, NATRUM MURIATICUM 9CH, e tomar 3 grânulos 3 vezes ao dia, de certeza que vai ajuda-la nessa alergia.
    Vou tentar durante esta semana fazer um poste sobre a menopausa.
    E quem sabe? Um dia podemos nos encontrar. Esteja à vontade para colocar qualquer questão, se eu souber, responderei com o maior agrado.
    Um beijinho grande.

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  3. Gostei muito deste post. Obrigada pela partilha

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