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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Onde dorme o seu bebé?

É recomendado pelos psicólogos que a partir do quarto mês, o bebé durma em seu próprio berço e em quarto separado dos pais. E explicam que… porque passam a ter mais autonomia… dormem mais cedo… tornam-se crianças e adultos mais seguros de si… enfrentam melhor o medo… etc… parece que só há vantagens em colocar os filhos a dormirem sozinhos bem cedo.
E, você que é mãe ou pai, onde dormiu em bebé, e em criança?

Antigamente havia “o quarto” onde toda a família dormia. Não havia casas com varias divisões, muitas vezes havia só uma divisão onde se fazia tudo, desde das refeições, ao dormir. Era normal os filhos dormirem com os pais, dormirem com os irmãos, ou então era colocado uma cama pequena junto com a cama dos pais e dormiam todos.
Durante séculos, mães e filhos dormiram juntos, no mesmo leito. Os bebés sentiam-se protegidos, recebiam calor, recebiam o leite materno, e os laços afectivos entre os dois eram fortalecidos. Os pais estavam próximos para solucionar qualquer mal-estar, a criança não se sentia sozinha, nem sabia o que isso era.
Além disso, diz-se que o contacto físico da mãe com a criança estimula hormonalmente a produção de leite. O que será que a Natureza quer nos mostrar com isto? Há estudos que mostram que as crianças que dormem com seus pais são amamentadas durante o dobro do tempo, comparado com aqueles que dormem sozinhos.

É mau dormir com o seu filho?
Como em tudo na vida, temos que ser nós a decidir, temos que ser nós a tomar a responsabilidade e as rédeas dos nossos actos. Não podemos seguir opiniões, porque quem o diz é psicólogo ou diz-se entendido no assunto.
Vamos ouvir o nosso coração?
 Vamos escutar a nossa mente, lembrar-nos do que aconteceu connosco, com o vizinho, com o amigo.
Quem vos diz isto… eu… dormi até bem tarde com a minha mãe… e posso vos garantir que sou muito independente, segura de mim, e que normalmente sigo os meus conceitos de Vida.

Na cultura Norte Americana, os pais consideram que os bebés devem dormir sozinhos, para fomentar a sua independência e auto-suficiência. Dormir com os filhos soa-lhes a estranho e é para eles moralmente incorrecto.
Noutras culturas, como no Japão, em que os pais têm como prioridade integrar o máximo possível o novo ser (o bebé) na família e na sociedade, mantêm os bebes próximos, até durante a noite.
Na nossa velha Europa, temos na cultura Holandesa um modelo muito definido. Dão muita importância às regras, a modelos pré-estabelecidos, nos quais o sono é um deles. As crianças são deitadas todos os dias á mesma hora, no quarto delas, se por acaso despertam têm de se ocuparem (entreterem) até á hora estabelecida para se levantarem. O plano é bem restrito, e a rotina é a palavra de ordem. Acreditam que assim se estabelece um ambiente que proporciona confiança e segurança.

Não vou julgar, tudo está certo.
Acredito que cada pai e cada mãe fazem aquilo que acham ser o melhor para o seu filho e para a família.
Eu, dormi com a minha mãe até aos 4 ou 5 anos. Nos dias em que a minha avó dormia lá em casa, era com ela que eu adormecia. Era tão bom… ela rezava o terço… eu olhava… admirava-a… tanto tempo a falar com Deus… e acabava por adormecer.
Depois decidi, eu decidi, que ia dormir sozinha. E vieram os pesadelos, e os medos, e todos aqueles fantasmas que perturbam a nossa mente de noite. Era horrível. Quando eu tinha muito, muito medo, gritava… Mãe… e ela ou o meu pai ouviam sempre. Eu nunca disse que tinha medo… era frio, queria que ela me tapasse, ou era sede, para ela ir buscar um copo de agua, enfim desculpas, para aquele pesadelo se afastar. Garanto-vos que se por acaso, numa dessas noites, eu tivesse chamado pelos meus pais e eles não me tivessem ouvido, eu teriam” morrido”, porque o medo punha-me a transpirar. Infelizmente sei que nem todos os pais reagem assim.

Com a minha filha, segui o protocolo do meu coração.
Ela dormiu comigo muito tempo.
Até hoje não me arrependi.
Foi para o infantário com 2,8 anos e nunca a deixei à porta da escola a chorar, como via tantas crianças, também vos digo… se ela chorasse … eu não a deixava lá. Foi sempre muito autónoma, nunca exigiu nada dos seus educadores ou professores, as referências foram sempre boas.
Até hoje, não me arrependo da forma que vivi com a minha filha, voltaria a fazer tudo igual, mas… respeito qualquer opinião contrária.
Cada família, é uma tribo, com suas leis, e com suas crenças.


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