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sexta-feira, 9 de março de 2012

O fator mais importante de Cura

Are Waerland
Existem pessoas que herdaram tanta saúde quando nasceram que acham perfeitamente normal esbanja-la. Entretanto, aquilo que recebemos como presente precisa de atenção e cuidado para se manter. Cedo ou tarde, aparecem as consequências da falta de responsabilidade e cuidados.

Longos anos de prática, cuidando de doentes, me mostraram que aqueles que procuram ajuda pertencem a dois grandes grupos:
- Os doentes que ativamente procuram contribuir para a própria saúde
- E aqueles que esperam passivamente que outros lhes devolvam a saúde.

Infelizmente, o segundo grupo é maior.
Provavelmente, isso ocorre porque a escola tradicional de medicina transmite aos doentes uma fé cega na autoridade medica e obediência sem críticas.
Os representantes dessa escola de medicina exigem que o paciente – sem entender o sentido do tratamento e sem pedir qualquer esclarecimento – siga rigorosamente as instruções. Geralmente, o paciente recebe um papel onde estão escritas algumas palavras incompreensíveis. Ele deve levar o papel numa farmácia, onde recebe comprimidos, pó e gotas, que deve tomar e aguentar as consequências, sem questionar. Mesmo quando os medicamentos provocam reações graves, deve suporta-las de boa-fé.
Até parece que o médico tem medo de perder a sua dignidade ao conversar com o paciente, ao esclarecer o significado do tratamento. Desta forma, o médico tornou-se um ditador que tudo sabe e o paciente, em muitos casos, um objeto totalmente passivo e submisso a um tratamento que ele não compreende. Essa atitude errada teve com o passar dos anos, influência desastrosa sobre a mentalidade dos doentes. Hoje, sofremos as consequências.

Antes de mais nada, o profissional de saúde precisa fazer o possível para levar o doente a pensar e raciocinar de maneira independente. Este é o bê-a-bá para encontrar o caminho da verdadeira cura. Ás vezes esta tarefa é longa e difícil. O doente simplesmente exige ser tratado como criancinha. Se sugerimos que leia livros ou publicações que descrevem sua doença e a cura, muitas vezes é preguiçoso e indiferente demais .
No entanto temos de fazer tudo para incentivar este doente à auto-ajuda.

O medico que não procura esclarecer, despertar e educar, falha num ponto muito importante.
Se ele argumenta que não tem tempo para se dedicar desta forma a cada paciente, só existe uma resposta: apesar de todas as outras providências, ele esqueceu o principal fator de cura.
Are Waerland ( meu marido) sempre dizia que cada pessoa precisa ser o seu próprio médico. Como ele tinha razão! Não existe maior alegria do que ver o doente entendendo seu corpo e aquilo que ele precisa. Ninguém pode sentir com a mesma precisão e sensibilidade o que o outro sente. Cada dor tem sua voz específica e cada organismo tem seu ritmo próprio.

A evolução de uma doença nunca é igual em todos os detalhes. Os diversos processos ocorrem no organismo com inúmeras variações. Somente o próprio doente pode sentir as subtilezas e particularidades de suas reações e sensações.

Presenciei o que significa uma pessoa compreender que não está entregue às doenças, a vida exige que enfrentemos a doença e nos dá armas para isso. Frequentemente, pude observar esta reação até em pessoas muito doentes, desenganadas. Sentindo que deveriam ser poupadas, não aceitavam – geralmente conselho medico – e a dita verdade sobre sua situação.

Quando calmamente contava a verdade aos pacientes, sempre me agradeciam de todo o coração. Em seus olhos podia-se ler uma nova expressão de seriedade e determinação, e suas palavras sempre me diziam: “finalmente sabemos onde estamos, agora vale a pena lutar.”

Incerteza traz insegurança, mas uma certeza, por mais dura que seja dá forças. O sentimento de que é preciso lutar por alguma coisa e que vale a pena lutar, faz a pessoa amadurecer e crescer.

Nas últimas décadas, nossos conceitos sobre saúde e doença mudaram muito. Os conhecimentos científicos no campo da fisiologia alimentar, da química e da biologia, provam que nós mesmos somos responsáveis pelas doenças da civilização e que elas são o resultado de um estilo de vida e alimentação errados.

O lema para a vida natural e saudável diz: “nós não estamos lidando com doenças, mas com falhas no estilo de vida. Eliminadas estas falhas, as doenças somem por si próprias.”

Fonte: Escrito por Ebba Waerlend, autora do livro “terapêutica de waerlend”, cientista sueca e esposa do famoso biólogo Are Waerlend
Traduzido por TAPS

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