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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Oncologia Integrativa – Uma nova forma de abordar o cancro

imagem retirada net
Nos EUA, alguns dos centros oncológicos mais importantes decidiram incorporar as “medicinas alternativas” convertendo-as em complementarias dando lugar ao que atualmente se denomina de Oncologia Integrativa.

Entre eles está o Dana-Farber CAncer Institute – centro medico da universidade de Harvard; o San Diego Cancer Reseaech institute; o centro de Medicina Integrativa e Complementaria de New York Presbyterian; o Hospital-Weill Cornell Medical Center; o Memorial Sloan-Kettering Cancer de Nueva York e o MD Anderson Cancer Center do Texas.
imagem retirada net
lado esquerdo é Natalia Eres
Em Espanha, Natalia Eres, médica oncóloga deixou a sua prática clinica no hospital de Barcelona e abriu uma clinica de tratamento de cancro, dentro da ótica da Oncologia Integrativa (Todas as medicinas reunidas numa, para ajudar o mais possível o paciente).
Segue-se uma entrevista, onde esta médica expõe as suas opiniões:

Quais são as terapias complementarias que segundo sua experiencia são mais efetivas?
A Suplementação Nutricional, a Fitoterapia, a Imunoterapia – que conta com muitos estudos positivos no cancro; a Homeopatia – que para mim é uma terapeuta muito importante no cancro e temos um grupo de estudo dedicado somente a ela, a Acupunctura e a Ozonoterapia e também não posso deixar de referir as terapias como o Qi Qong, a Meditação e o Yoga.
Também diferentes tipos de psicoterapia ou visualização criativa para reforçarem a confiança no processo de cura.

Usamos três grandes blocos:
-Fitoterapia e Suplementação
- Homeopatia e Acupuntura – como terapias propriamente energéticas
 - As terapias corpo-mente que ajudam o paciente a pôr em marcha seus mecanismos internos de cura.

Na sua clinica, já tem estrutura para oferecer um tratamento global aos pacientes?
Estamos a fazer por isso. E temos crescido muito.
Temos já um bom grupo de homeopatas. Contamos com Fitoterapeutas, Acupuntores, Fisioterapeutas, Profissionais de Hipnose que ensinam a relaxar e a ter visualizações.
Estamos em expansão porque o conceito que temos muito claro. no entanto é difícil encontrar pessoas que queiram se dedicar a este projeto. Estamos a falar de uma iniciativa totalmente privada. Esta é a grande diferença com um hospital. Num hospital tudo o que seja formação e investigação entra dentro do trabalho habitual e é financiado pelo próprio hospital ou pelos laboratórios. Quanto a nós temos fazer todo este trabalho após as consultas, nos fins-de-semana, durante as ferias e isso pressupõe um compromisso muito duro.

O projeto da sua Clinica, não interessa a nenhum financiador?
Para obter financiamento publico temos que passar muitos obstáculos, o que levaria muito tempo a levar com a porta na cara, e esse tempo é-nos importante para atender os pacientes e para a nossa formação.
O mais importante, e o que está em primeiro é ajudar as pessoas,  a política vem depois.

Do que é que necessitam mais neste momento?
Profissionais bem formados com gosto por trabalhar em equipa e com espirito entusiasta. E claro, também dinheiro para pôr em marcha projetos clínicos.

Que perfil devem ter esses profissionais?
Antes de tudo, serem pessoas com espirito autocritico a fim de serem rigorosos e poderem avançar nosso trabalho com os menos problemas possíveis.
Terem a ideia de que a cura passa por potencializar o próprio processo curativo inerente a todo o sistema biológico, o que resulta paradoxalmente como “novo” para a ciência.
Por outro lado, há que ser muito honesto com a informação.
Tem de ter um espirito muito aberto, saber partilhar opiniões com os outros. E assim, quando um tratamento não vai bem, deve estar disposto a muda-lo. Isto é básico. Meus companheiros e eu, por exemplo, não temos nenhum problema em reconhecer quando algo não funciona. Ou quando sim, o partilhar com outros médicos.
Parece fácil, mas não o é, sobretudo no princípio onde o médico particular investiu muito tempo e dinheiro na sua formação, vive das consultas e sua sinceridade pode fazer com que o paciente não volte. Algo que não sucede na Saúde Publica, funcione ou não o tratamento, o medico vai ganhar o mesmo. Quem pratica medicina a nível particular tem que ser mais valente neste sentido.

Acredita que chegou a hora dos Oncólogos começarem a olhar sem receio as Medicinas Complementares?
Sem dúvida. Primeiro porque os pacientes se responsabilizam cada vez mais pela sua saúde e a maioria procura conhecer tratamentos alternativos.
É logico, porque no fim de contas, estes tratamentos são inócuos e a quimioterapia e a radioterapia não o são.
Eu, pessoalmente estou a favor de que cada doente assuma a decisão de como tratar-se, mais… acho mesmo que é importante que o faça.
Sim, devia ser sempre o doente a decidir.
O papel do Professional é assegurar-se de que a pessoa recebe toda a informação disponível e entenda os riscos que assume com as suas decisões. É algo que com o tempo, vamos entender e assumir. O doente pode assim discutir cara a cara com os médicos.
Graças à Internet, muitos médicos estão a intercambiar pontos de vista e informação com profissionais das medicinas complementarias, e começam a conhecer e a examinar os estudos que demonstram sua eficácia.

Creio que é uma questão de tempo, para que sejam os médicos a desenvolverem as chamadas medicinas complementarias. E estes conhecimentos passaram à faculdade de Medicina, haverá cada vez mais estudos que colaboram os seus ensinamentos, pois as evidências são vistas por seu próprio peso.

No seu ponto de vista, qual é o valor dos tratamentos oncológicos oficiais?
Atualmente existem tratamentos médicos muito mais perfeitos que a Quimioterapia. Por exemplo, os anticorpos, os antioncogénicos, os inibidores seletivos – que tem muita pouca toxicidade e dão tempo biológico ao paciente, etc.
Estou convencida que daqui a alguns anos a Quimioterapia desaparecerá e se tenderá a usar fármacos mais específicos e menos tóxicos junto com remédios naturais cujos mecanismos de ação se conheceram melhor. O que está a levar os pacientes a preferir as terapias complementarias é o facto de a quimioterapia ser toxica.

Diz-se que as estatísticas dos tratamentos oncológicos estão adulteradas, pois a maioria dos pacientes combinam os tratamentos convencionais com outros…sem informar disso os oncólogos.
Certo. Em Espanha quase todos os doentes seguem tratamentos alternativos ao mesmo tempo que do médico.
Por isso queremos elaborar um registo que nos permita averiguar até que ponto é assim.
Na Alemanha está-se a usar o que eles chamam de Naturalistic Approach, ou seja uma abordagem Naturista, onde o objetivo é o paciente receber vários tratamentos naturais num único lugar. É o que estamos a tentar em Espanha.

Acredita num espirito crítico, tanto em médicos como em terapeutas das medicinas complementarias?
Não. Falta autocritica e falta valentia em ambos os lados. Existe o medo…

E não será que o problema começa, porque não está ainda claro o que é o cancro?
É possível.
Acredito que o cancro não seja uma doença estritamente humana, e sim de sistemas biológicos. Deveria pois, estudar-se mais desde do ponto de vista da Biologia, da Ecobiologia e da Bacteriologia e integrar-se os estudos na Medicina.
Uma companheira medica  de imunologia da nossa equipa, que trabalha no campo das autovacinas , tem comentado que deveríamos obter mais informação dos microbiólogos e dos agrónomos, que estão a estudar casos de arvores que tem tumores produzidos por vírus. Estamos errados ao centrarmo-nos somente no âmbito da medicina que não é mais que um aspeto muito pequeno dos sistemas vivos, e avançarmos com novas abordagens.

Cada vez há mais estudos que apontam o fenómeno do cancro como uma resposta biológica do organismo frente à toxicidade interna e externa…
E pode ser.
 É óbvio que atualmente a carga química, tanto no ar como nos alimentos, na roupa e praticamente em tudo o que nos rodeia, é tão alta que pode intoxicar por completo o organismo.
E, mais pode alterar nossa genética. Nos mares do norte há peixes que mudaram de sexo por causa da contaminação das águas.
Por isso, necessitamos hoje mais que nunca, buscar um novo modelo teórico explicativo do cancro com o poder trabalhar.
 E é aqui que me tem fascinado a experiencia dos Banerji em Calcutá. Eles tem posto mãos à obra tratando pacientes com Homeopatia, observando e recolhendo dados e logo contrastando-os in vitro. Tem desenvolvido a teoria à medida que os pacientes lhes vão contando o que se passa. Acredito que é disto que necessitamos.
Não podemos perder mais tempo em teorias por muito bonitas ou credíveis que pareçam. E isto vale para todas as medicinas, sejam convencionais ou alternativas.
Na hora da verdade, nas doenças cronicas quem faz com que o doente o deixe de ser, é sempre o próprio corpo, nós só o ajudamos.
Assim creio que chegou o momento de juntar nossos esforços e provar resultados – especialmente os que são inócuos – recolher dados dos resultados e quando temos êxito – desenvolver uma teoria.

Como ponto de partida – primeiro não fazer mal.
Exato. Não acrescentar dano ao sofrimento.

Existe a possibilidade da sua volta à prática convencional de Oncologia?
Sinceramente, se trata de uma possibilidade muito remota.

O que pensam os seus ex-companheiros oncólogos dos seus tratamentos atuais?
Mantenho com eles uma relação muito especial. Acho que não entendem muito bem o que pretendo…mas enviam-me doentes, quando estes solicitam um tratamento com medicina não convencional, portanto não me fecham a porta.

O problema médico, é que o sistema sanitário forma os médicos para lutar contra a doença em lugar de promover a saúde.
Por exemplo, no curso de medicina não se ensina nada de Nutrição, nem o impacto na saúde das emoções ou conflitos psíquicos.
Quando acabamos o curso, e começamos a trabalhar num sistema onde cada médico tem que atender quarenta pacientes ao dia, na maioria das vezes a receitar fármacos para combater sintomas.
Na Saúde publica meus companheiros trabalham até ao esgotamento, cobram pouco e sentem-se insatisfeitos porque muitas vezes não obtem com os doentes o que estavam à espera.
Ora bem…todos somos responsáveis pelo sistema médico que temos.
É um problema sociopolítico e não estritamente médico.
 E devemos ser conscientes dele, se queremos mudar em lugar de protestar.
Cada vez há mais científicos, neurofisiológicos, biólogos, etc., que têm cancro e que tem sofrido em seus próprios corpos a rudimentaridade da quimioterapia e se perguntam porque não se escuta mais as possibilidades reparativas dos sistemas vivos?
Estas pessoas são testemunhas vivas e ao mesmo tempo líderes de opinião, não simples doentes que se interrogam com ignorância.
Quando toda esta gente falar abertamente, dar-se-á uma mudança de consciência medica e política que irá enfrentar o cancro e mudar a nossa Vida.
Isto seria algo muito importante…por enquanto trabalharemos.

Fonte: DiscoveryDSalud
Autor: Antonio F. Muro

Natalia Eres dá consultas em Barcelona, avenida Diagonal 572 -2n.A
Tel: 93-2095916
Não sei se os dados estão corretos.

1 comentário:

  1. Gostava de entrar em contacto com esta profissional e com esta clinica ... alguém sabe como?

    Obrigado

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