Mundo Higeia

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A nossa única Arma é o Amor

“ Um dia, em 1965, era eu monge no Mosteiro de Truc Lam, em Saigão, o meu discípulo monástico Irmão Nhat Tri caminhava pelas ruas da cidade.
Um camião militar americano passou por ele e um soldado americano que ia a pé cuspiu-lhe na cabeça. O Irmão Nhat tri veio ter comigo a chorar, porque se sentia muito humilhado. Disse-lhe que, provavelmente, o soldado americano ouvira muita propaganda dizendo que os monges e monjas budistas eram comunistas disfarçados. Por isso, quando viu o Irmão, mostrou odio e cuspiu-lhe em cima.
O soldado americano era uma vítima de uma perceção errónea e da ignorância. “Irmão, não deves odia-lo. Se o odiares, significa que ainda não percebestes.”
 Em situações similares, muitos jovens renunciaram à prática da não-violência e juntaram-se à Frente de Libertação Nacional, pegando em armas para combater americanos.
Abracei demoradamente o irmão Nhat Tri e disse-lhe: “ meu filho, não nascemos para empunhar uma arma, nascemos para amar. O amor é a única arma que transportamos.” Estas palavras ajudaram-no a continuar o seu trabalho social.
O mundo está cheio de discriminação, violência e odio.
Se nos deixarmos apanhar por estas energias negativas, não conseguimos ajudar-nos uns aos outros nem ao nosso planeta. Em vez disso, devemos cultivar a liberdade, a sensatez e a compreensão. Não temos de ser monges ou monjas para praticarmos desta maneira. Só precisamos de boa vontade para abrir o coração à bondade que existe dentro de nós, a nossa natureza de Buda, o Espirito do Amor”. (1



(1) Extraído do livro Criar a verdadeira Paz de Thich Nhat Hanh

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