Mundo Higeia

Bem Vindo a este Mundo!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A Quarta …das Sete Leis Espirituais

Lei de Quarta-feira
imagem retirada net
Lei do Menor Esforço
Se observarmos a Natureza em ação veremos como o esforço despendido é mínimo. A relva não se esforça para crescer, cresce apenas. Os peixes não se esforçam para nadar mas nadam. As flores não tentam florescer, mas florescem. As aves não tentam voar, mas voam. A terra não se esforça para girar em torno do seu eixo, faz parte da natureza da Terra girar a uma velocidade vertiginosa e arremessar-se no espaço. Brilhar faz parte da natureza do sol.
E pertence á natureza humana fazer com que os sonhos se manifestem sob a forma física com um mínimo de esforço.
Na ciência védica, a ancestral filosofia da Índia, este principio é conhecido pelo principio da economia do esforço, ou “faça menos e realize mais” . Acaba por se chegar a um estado em que não faz nada e realiza tudo. Isto significa que existe apenas uma ténue ideia e a manifestação dessa ideia surge sem esforço. Aquilo que vulgarmente se designa por “milagre”, Na verdade constitui uma expressão da Lei do Menor Esforço.
A inteligência da Natureza funciona sem esforço, nem fricção, com espontaneidade. É não linear, é intuitiva, holística e estimulante. E quando uma pessoa se encontra em harmonia com a natureza, quando já adquiriu o conhecimento do seu verdadeiro Eu, pode aplicar a lei do Menor Esforço.
Despendemos o menor esforço quando as nossas ações são motivadas pelo Amor, porque a natureza é estruturada pela energia do Amor. Quando procuramos poder e controlo em relação às outras pessoas, desperdiçamos energia. Quando procuramos dinheiro ou poder para satisfazer o ego, gastamos energias atras de uma ilusão de felicidade, em vez de desfrutarmos da felicidade do momento.
 Mas, quando as nossas ações são motivadas pelo Amor, a nossa energia multiplica-se e acumula-se e o excesso de energia que possuímos e de que desfrutamos pode ser canalizado para criar aquilo que quisermos, incluindo riqueza ilimitada.
Pense no seu corpo físico como um instrumento de controlo de energia. Se souber como gerar, armazenar e despender energia de modo eficiente, poderá criar toda a riqueza que quiser. A atenção dirigida para o ego consome uma grande parte de energia. Quando o nosso ponto de referência é o ego, quando procuramos poder e controlo em relação às outras pessoas ou a aprovação dos outros, desperdiçamos as nossas energias.
Quando a alma constitui o nosso ponto de referência interior, quando nos tornamos imunes à crítica e deixamos de temer desafios, podemos aproveitar o poder do amor e utilizar a energia de forma criativa, no sentido da prosperidade e da evolução.
Don Juan diz a Carlos Castaneda: “ gastamos a maior parte da nossa energia para preservar a nossa importância… se fossemos capazes de perder alguma dessa importância, duas coisas extraordinárias aconteciam. Primeiro libertaríamos a nossa energia do esforço para mantermos a ideia ilusória da nossa grandeza, segundo ganharíamos energia suficiente para…captar um relance da verdadeira grandeza do universo.”

A lei do menor esforço possui três componentes.
O primeiro é a capacidade de aceitação. Esta capacidade requer apenas que estabeleça a seguinte regra: “ hoje vou aceitar as pessoas, as situações, as circunstancias e os acontecimentos tal como eles ocorrerem.” Isto significa que sabemos que aquele momento foi aquilo que deveria ser, porque todo o universo é como deveria ser.
Esse momento – pelo qual está a passar agora – constitui o culminar de todos os momentos que viveu no passado. Esse momento é como é, porque todo o universo é como é.
Quando luta contra esse momento, está de facto a alutar contra todo o universo.  Em vez disso, pode tomar a decisão de hoje não lutar contra todo o universo lutando contra esse momento. Isso significa que a sua aceitação desse momento é total e completa. Aceita as coisas como elas são, não como gostaria que elas fossem na altura. É importante perceber isto. Pode desejar que no futuro as coisas seja diferentes, mas nesse momento tem de aceitar as coisas como elas são.
Quando se sentir frustrado ou aborrecido por uma pessoas ou situação, lembre-se que não está a reagir à pessoa ou à situação. Esses são os seus sentimentos e os seus sentimentos não são da responsabilidade dos outros. Quando reconhecer e compreender isto na totalidade encontra-se preparado para aceitar a responsabilidade por aquilo que sente e para modificar os seus sentimentos. E, se conseguir aceitar as coisas como são, encontra-se preparado para se responsabilizar pela sua situação e por todas as ocorrências que lhe parecem problemas.

Isso conduz-nos ao segundo componente da lei do menor esforço: Responsabilidade.
O que significa responsabilidade?
A responsabilidade significa não culpar ninguém, nem a si próprio, pela situação. Depois de ter aceitado determinada circunstância, ocorrência, ou problema, a responsabilidade significa a capacidade de ter uma resposta criativa à situação tal como ela se apresenta no momento.
Se conseguir isto, todas as famosas situações problemáticas tornar-se uma oportunidade para a criação de coisas novas e boas, e todas as pessoas atormentadoras e tiranas lhe servirão para a prender mais. A realidade constitui uma interpretação. E se escolher interpretar a realidade desta forma, aproveitará muitos ensinamentos e terá oportunidades de evoluir.
Sempre que tiver de enfrentar alguém tirano ou atormentador, um professor, um amigo, ou um adversário (todos significam a mesma coisa) lembre-se disto: “este momento é aquilo que deveria ser”. Sejam quais forem as relações que tenha trazido para a sua vida, serão sempre aquelas que necessita no momento que passa. Há um significado oculto por trás de tudo o que acontece, e esse significado oculto serve a nossa evolução.

O terceiro componente da lei do Menor esforço é o distanciamento, o que significa que o seu conhecimento se deve estruturar através do distanciamento e que deverá renunciar à necessidade de convencer ou persuadir os outros dos seus pontos de vista. Se observar as pessoas à sua volta, verá que elas passam noventa e nove por cento do tempo a defender os seus pontos de vista.
Quando se torna defensivo, culpabiliza os outros e não aceita render-se ao momento presente, a sua vida encontra resistência. Sempre que encontrar resistência o melhor é reconhecer que se forçar a situação, apenas aumentará a resistência. Não deve manter-se rígido, como os altos carvalhos que a tempestade quebra e derruba. Em vez disso deve ser flexível como o junco que se dobra durante a tempestade, mas sobrevive.
Desista de todo de defender os seus pontos de vista. Se não tiver nenhum ponto de vista para defender, não dará ocasião a que surjam argumentos. Se praticar isto com consistência – se deixar de lutar e resistir – experimentar a plenitude do presente, que constitui uma dádiva. Alguém disse um dia, o passado é história, o futuro um mistério, este momento é uma dádiva, por isso se chama este momento de “o presente”.
Se aproveitar o presente e formar com ele uma unidade, fundindo-se nele, sentirá um fogo, um brilho, uma centelha de êxtase vibrando em todos os seres vivos sensitivos. Quando começamos a sentir esta exultação da alma em todos os seres vivos, quando nos começamos a familiarizar com esta situação, a alegria nasce dentro de nós, liberta-nos das terríveis amarras e obstáculos criados pelas pessoas defensivas, ressentidas e angustiadas. Só então sentiremos alegria, despreocupação, prazer e liberdade.
Dotado desta liberdade simples e cheia de alegria, o coração sabe sem dúvida que você terá as coisas que deseja quando quiser, porque os seus desejos provem do plano da felicidade, não do plano da ansiedade e do medo. Não precisa de se justificar, reserve apenas a sua intenção para si próprio e conhecerá a realização, o deleite, a alegria, a liberdade e a autonomia em todos os momentos da sua vida.
Comprometa-se a seguir o caminho da não-resistência. Este constitui o caminho através do qual a inteligência da natureza se desdobra espontaneamente, sem fricção, nem esforço. Quando conseguir a delicada combinação, aceitação, responsabilidade e distanciamento, sentirá o fluir da vida, sem nenhum esforço.
Se nos mantivermos abertos a todos os pontos de vista – se não nos prendermos com rigidez a um único – os nossos sonhos e desejos fluem com os desejos da natureza. Então podemos libertar as nossas intenções, com distanciamento, e esperar pela altura própria para os nossos desejos se tornarem realidade. Podemos ter a certeza de que quando chegar a altura própria, eles se manifestarão.
Esta é a lei do menor esforço.

COMO APLICAR A LEI DO MENOR ESFORÇO
1)    Terei de aplicar a Aceitação. Hoje aceito, pessoas, situações, circunstancias, acontecimentos, tal como eles ocorrerem. Reconhecerei que este momento é aquilo que deveria ser, porque todo o universo é como deveria ser. Não lutarei contra todo o universo, lutando contra o momento presente. A minha aceitação é total e completa. Aceito as coisas como elas são no momento, não como eu gostaria que fossem.
2)    Aceitarei a Responsabilidade pela minha situação e por todas as ocorrências que me parecem problemas. Sei que aceitar a responsabilidade significa não culpar ninguém, nem nada, pela minha situação (incluindo eu próprio). Também sei que em cada momento se encontra oculta uma oportunidade e o facto de me manter atento às oportunidades permite-me aceitar o momento que passa e torna-lo melhor.
3)     Hoje o meu conhecimento refere-se ao Distanciamento.
 Renuncio à necessidade de defender os meus pontos de vista. Não sentirei necessidade de convencer nem de persuadir os outros a aceitarem os meus pontos de vista. Permanecerei aberto a todos os pontos de vista e não me prenderei com rigidez a nenhum deles.

Sem comentários:

Enviar um comentário